Ocorrências de abuso sexual contra crianças e adolescentes são mais frequentes do que se imagina. Ouvimos um relato aqui ou ali, muitas vezes em jornais ou mídias locais. Alguns casos ganham repercussões maiores, geralmente quando a violência e o abuso acabam resultando em morte. Mas a realidade é horrorizante! Entre 2011 e 2017, o País apresentou um aumento de 83% nos casos de violências sexuais contra crianças e adolescentes, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde.
Dias desses estava em uma dessas comunidades criadas por mães, que tem como objetivo principal trocar experiência. O saber agir e o como agir em determinadas ocasiões, principalmente quando se é mãe ou pai de primeira viagem. Nesse grupo apareceu uma mãe angustiada, totalmente perdida. Ela disse que não sabia o que fazer. Notou que não estava mais vendo a sua filha de 5 anos correr na festa de aniversário das amiguinhas e que resolveu procurá-la. Foi então que viu, no canto de um dos brinquedos - esses que chamamos de brinquedões porque empilham e sobem, porque são grandes, tem obstáculos e várias atividades), um garoto aparentando uns 11 anos colocando as mãos nas partes íntimas da menina. Ela pegou a menina, saiu da festa na hora aos prantos. Não sabia se falava com os pais do garoto, com a mãe da garota da festa, ou se chamava a polícia. Ela era separada e o pai não estava presente. Agora se coloque no lugar dela. O que você teria feito?
E quem já não ouviu histórias de professores que abusam de suas alunas, que meninos que abusam de meninas mais jovens? Muita calma nessa hora! A especialista Anna Lívia Soares explica quais suspeitas devem ser investigadas e a importância da ajuda profissional.
Para Anna, psicóloga do Hapvida Saúde, o diálogo entre pais e filhos estabelecesse uma relação de confiabilidade, que se torna uma importante medida. "Orientar a não permitir que pessoas a toquem e fugir de abordagens suspeitas quando adolescentes. Importante também, que quando a criança tentar falar alguma coisa, que ela se sinta ouvida e acolhida. Ou seja, que o adulto não questione aquilo que ela está contando ou que tente responsabilizá-la por algo ocorrido", explica a especialista.
Os pais devem procurar ajuda profissional mediante suspeitas, assim os sinais e a atitudes diferentes podem ser investigadas. "Dependendo da estrutura emocional, apoio recebido, durabilidade do ocorrido, grau de agressividade ou da forma que foi conduzida a situação será possível eliminar traumas com o tempo", reforça Anna Lívia.
É comum as vítimas desenvolverem diversos distúrbios psicológicos, como, quadros depressivos, ansiedade, transtorno do pânico, tentativas de suicídio, instabilidade de humor, problemas de comportamento e rendimento escolar. Existe também a possibilidade desse trauma seguir até a vida adulta.
Mas como identificar que um menor de idade próximo está sofrendo com abusos? A psicóloga do Hapvida Saúde aponta os principais indícios:
• Variações de comportamento: a possível mudança no padrão de comportamento pode ser um fator facilmente perceptível, já que costuma ocorrer de maneira inesperada. Se a criança nunca agiu de determinada forma e, de repente, passa a agir, ou começa a mostrar medos que não tinha antes e mudanças extremas no humor. A alteração pode aparecer com relação a um indivíduo específico, o possível abusador, ou a uma determinada atividade.
• Rejeição: manifestar recusa e reprovação no que se refere ao abusador em diversas situações. Neste caso, vale o bom senso para identificar quando uma proximidade excessiva está fora do normal.
• Regresso a estágios anteriores: recorrer a comportamentos infantis que já tinha abandonado, por exemplo, fazer xixi na cama, voltar a chupar chupeta ou chorar sem motivo aparente.
• Segredos: para garantir o silêncio da vítima, o abusador pode fazer ameaças e chantagens ou usar presentes para construir uma relação. Por isso, explique aos pequenos que nenhuma pessoa mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com a mãe ou o pai.
• Questões ligadas à sexualidade: apresentar uma sexualidade mais visível. Em outras palavras, quando a criança nunca falou sobre o assunto e começa a criar desenhos similares a genitais ou brincadeiras de cunho sexual.
• Sinais físicos: sintomas de violência sexual que deixam marcas físicas, como lesões, hematomas, dores e inchações nas regiões genitais.
• Situações de negligência dentro do ambiente familiar: descuidos e irresponsabilidade colocam a criança em uma situação de maior vulnerabilidade, por exemplo, passar horas sem supervisão, sem apoio emocional da família e maus tratos sofridos em casa.
Um dias desses uma amiga minha, a Psicóloga Gláucia Maia, especialista em psicologia infantil, enviou um livro eletrônico bem curtinho, desenvolvido justamente para alertar as crianças sobre abuso sexual de uma forma clara e concisa. Pode ser mostrado para crianças a partir de 2 anos de idade sem problemas. Eu assisti o vídeo e realmente ele é bem bom, didático e simples, e acho que vale mesmo a pena usá-lo como forma de orientar os nossos filhos e ou mesmo alunos (se você for professor ou professora).
A comunicação e informação pode salvar-los desses indivíduos malfeitores. Compartilhem o máximo que puderem, nosso único objetivo é proteger à quem amamos.
Realmente é muito triste isso Ari
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Bjs