async='async' data-ad-client='ca-pub-1470782825684808' src='https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js'/> Como Mãe, o que te faz sentir culpada? - Ariane Baldassin


Como Mãe, o que te faz sentir culpada?

Não adianta, parece que ser mãe é sinônimo de culpa! E isso já começa na gestação.

Você se sente culpada se está comendo em demasia, pelo que está comendo ou pelo que deixou de comer. Se sente culpada pensando se está exagerando no exercício que está praticando, ou se está sendo sedentária demais. Se sente culpada se a roupa que usa está apertada ou vulgar demais, se está seguindo a risca as recomendações médicas ou o pré natal, se o bebê está se desenvolvendo normalmente, se o seu corpo não está gerando alguma proteína necessária e até mesmo se o seu gene não irá, no futuro, causar um problema genético ou uma doença auto imune. Tudo, tudo na sua vida gira em torno da neura a qual chamamos de culpa. Uma culpa única e exclusiva sua, a qual você não pode delegar a ninguém, nem ao menos ao seu companheiro. Aliás, você sabia que é o homem quem define o sexo do bebê? Já ouvi inúmeros relatos de mãezinhas aos prantos abandonadas pelos seus companheiros porque eles queriam menino ou menina e quando descobriram que o sexo era o oposto do que desejavam, acabaram por abandona-las. O que? mais uma para sua conta também!

Mas calma. O bebê ainda não nasceu. O seu "copo" de culpa ainda está só começando a "encher". Quase nos finalmente começa a pressão: Você vai esperar pelo parto normal né? (para muitas pessoas fazer uma cesariana é o mesmo que não ser "mãe de verdade"). Aí você sofre por horas em trabalho de parto, não tem dilatação e precisa passar por uma cesária para salvar a sua vida e a do bebê. Resultado? Culpa sua!

Vai para o quarto, e o tal do colostro não vem. Sem colostro, sem leite materno. Aí você tem que recorrer ao que? Leite artificial. Culpa sua! Com certeza não se alimentou bem, não praticou exercícios físicos, não seguiu as recomendações médicas, e por aí vai...

Imagem Reprodução

O filho vai crescendo e por mais que você se dedique é muita coisa. As cobranças aumentam a medida que o estresse cresce, isso sem falar nas noites mal dormidas, na canseira porque além do bebê você tem que cuidar da casa, das roupas, mas de você não porque ninguém lhe dá esse direito. Na hora de criticar muita gente aparece, mas na hora de ajudar todo mundo simplesmente "plim", desaparece. E tem muito companheiro que não ajuda em nada. Muitos ainda acham que dando lá um trocado "tá tudo certo". Mãe é gente, mãe é de carne e osso, mãe tem o direito de se sentir cansada, de se estressar e até de gritar por socorro. E sabe o que acontece quando fazemos isso? Somos criticadas! Somos julgadas! Somos mal compreendidas! E somos sim chamadas de loucas!

Se você chega nesse estágio o que você precisa é de ajuda. E você deve sim pedir socorro. Mas o que acontece? Você ouve um sermão, principalmente dos mais próximos, que são aqueles que mais te magoam. Sua mãe diz "eu não queria ter uma nora assim". Sua sogra diz "eu não criei meu filho assim". Sua irmã diz "acho que você não deveria ter tido um filho". Sua cunhada diz "você não nasceu pra ser mãe". Seu companheiro diz "o bebê acordou, hora de levantar para amamentar ou fazer a mamadeira". Sua melhor amiga diz ... deixa pra lá, ela se esqueceu de você e nem apareceu para te fazer uma visita, ver como você estava e conhecer o seu filho.

E mãe sofre não só como mãe ... mãe sofre como mulher, como pessoa!

Se você passou ou está passando por isso, eu posso dizer: estamos juntas! Calma, você não é a única, não está sozinha! Não se sinta mal e nem culpada. Só uma mãe que vive isso agora sabe o tamanho do fardo que carrega. O tempo passa e com ele leva essas lembranças e por isso a sua mãe e a sua sogra acabam esquecendo e fazendo tais comentários. A maternidade é linda, tem muita coisa gostosa que pode e deve ser aproveitada, mas traz com ela o seu outro lado, que as pessoas sentem medo, vergonha ou receio de falar. Mas é a verdade, ou você acha que o seu filho de um mês troca fralda sozinho, toma banho sozinho, já come sozinho? Não! ele depende de você basicamente pra tudo, porque poucos pais ainda dividem as tarefas maternas. Agora seja sincera: você acabou de passar por uma gestação de 9 meses, e na melhor das possibilidades (sem ter ficado internada, sem ter tido problemas de saúde como depressão,  ansiedade, pressão alta ou mesmo parto prematuro), sofreu pra dormir no último mês, já vem de uma rotina cansativa embora tenha sido uma das experiências mais marcantes da sua vida. É como diz o ditado popular, e se é popular é porque o "povo" acredita mesmo: "ser mãe é padecer no paraíso". 

Você acha que os primeiros dias, as primeiras semanas e o primeiro mês é um paraíso? Pode até ser se você tiver apoio e ajuda. Não adianta tentar "tapar" o sol com a peneira. Todo mundo diz "aproveita essa fase, passa tão rápido". Eu acho essa frase 100% verdadeira, o tempo passa rápido e não perdoa. Mas sinceramente? Com um milhão de coisas a serem feitas, será que você vai conseguir aproveitar?

Depois de muito tempo, terapia e reflexão eu cheguei a uma conclusão. E por isso resolvi escrever esse artigo. Proponho uma leitura aprofundada e uma longa pausa para reflexão. 

NÃO! EU NÃO SOU CULPADA! As pessoas é que me fazem me sentir culpada. Os julgamentos, as palavras, os atos. Tudo isso trazem o sentimento de culpa. Mas isso significa que a CULPA é minha? Olha só a palavra culpa mais uma vez no nosso vocabulário.

Na verdade somos condicionadas a certos comportamentos. A culpa é uma delas. Certas pessoas fazem comentários para que possamos crescer, melhorar. Mas infelizmente o ser humano tem dentro de si a maldade. E muitas delas fazem críticas com a intenção de te ver mal, simplesmente porque elas ganham forças com a sua fraqueza.

Parece fácil falar, e é! O difícil mesmo é fazer mas tenho tentado. Ouça as críticas, os julgamentos. Não precisa dar de ombros, fazer cara feia, ignorar. Faça aquela cara tipo "alface", onde o comentário entra por um ouvido e sai pelo outro. A vida é sua e só você sabe o que é melhor para a sua vida e o da sua criança. Faça terapia, procure por pessoas que você realmente confia para desabafar. Não faça da sua vida um livro aberto. Não saia reclamando aos quatro cantos. Seja forte, ganhe auto estima. Acredite no seu potencial e você verá que a culpa não é sua, a culpa simplesmente é o reflexo da falta de confiança e da maldade do outro.

Para terminar o meu artigo deixo aqui um mensagem para TODOS:


Porque respeito é bom e todo mundo merece.

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