async='async' data-ad-client='ca-pub-1470782825684808' src='https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js'/> Índice de gravidez na adolescência no Brasil é um dos mais altos do mundo - Ariane Baldassin


Índice de gravidez na adolescência no Brasil é um dos mais altos do mundo

Quando ficamos grávidas pela primeira vez o que fazemos? Vamos em busca de informações sobre esse novo universo: o da maternidade. Queremos conhecer a experiência de quem já é mãe, de quem esta passando pelas mesmas coisas que nós. No geral é comum que entremos em grupos já existentes, seja no facebook ou instagram para acompanhar mais de perto todas as transformações e novas experiências e mudanças que essa fase traz. 

E se você estiver pensando. Como você sabe? Bom, eu também passei por isso e foi assim que eu acompanhei a minha primeira gestação - e a segunda também, desta vez como xereta. Entrei em um grupo de grávidas no facebook e lá compartilhávamos das angústias, alegrias, sofrimento (de quem perdera um bebê) e também coisas do pós parto. O que eu posso dizer? Não entrem nessa fria! São informações ou dicas sem acompanhamento médico e histórias que, digamos, nada boas. Procure sempre uma boa fonte, como uma revista, uma amiga ou até um blog de alguém que você conheça.

Bom, voltando ao tema. Me recordo que nesse grupo haviam várias grávidas, para não dizer que eram a maioria, novas. Umas tinhas 15, outras 16 ou 17 anos. E eu sempre lia: "Isso foi o que Deus preparou pra mim, um presente lindo que eu vou amar pra toda vida". Essa frase é verdadeira? Sim! Mas não antecipem as coisas.

E ai eu sempre refletia: o que essa mãe adolescente, sem um companheiro, já que muitas relatavam que o pai não queria assumir ou que não tinham certeza de quem era o bebê, vão fazer após o parto. E o motivo disso? Eu já sabia o estava por vir.

Na minha primeira gravidez eu lembro que eu tinha uma amiga próxima, que tinha seus 20 anos, sem muitos recursos, pintando um mundo de fantasia onde tudo parecia perfeito. E eu, como estava? Bem, eu estava com medo, angustiada e muito apreensiva. Tudo isso porque eu, com os meus 33 anos, já madura - porém não experiente com a maternidade - me preocupava. Como será a minha vida daqui pra frente? Como eu serei capaz de suprir a necessidade de um recém nascido? Como vou conseguir educá-lo e criá-lo em um mundo cujo valores estão cada vez mais "deturpados". Como será a adolescência, os amigos, a faculdade? Isso sem falar nos gastos com fraldas, roupas, calçados, produtos para higiene e também leite (eu teria leite?). Mas conversando com um profissional eu fiquei tranquila porque ele me disse que a maternidade era isso mesmo! A preocupação, uma visão antecipada do que estava para vir, porque no final a frase "ser mãe é padecer no paraíso" é mesmo a mais pura verdade.

Então ficava pensando nessas adolescente que estavam imaginando um mundo lindo, curtindo a barriga. Como será que ficaria os seus estudos com uma criança em casa? Será que ela teria condições básicas emocionais para cuidar de um filho tão cedo? E condições econômicas - muitas relatavam que com 4 meses davam leite de vaca para os filho \0/. Isso sem falar que como tudo tem o seu tempo, elas iriam querer curtir as baladas, os amigos, as saideiras. Com que ficaria o bebê? Meninas, se cuidem. Usem preservativo, anticoncepcionais e aproveitem a vida, se tornem maduras e aí sim arrumem um bebê, porque ele será a sua preocupação até o último dia da sua vida.

Para tratar esse tema de forma mais profissional, trago hoje uma matéria escrita por Valéria Ribeiro, que é Coach familiar, especializada desenvolvimento humano.


A menina que se encontra nessa fase da vida, marcada por mudanças físicas e mentais, não está suficientemente preparada para a gestação.

Apesar de toda a informação e as campanhas de conscientização, seja na TV, internet ou mesmos nas escolas públicas e privadas, o índice de adolescentes que engravidam na adolescência, entre os 12 aos 19 anos, no Brasil, ainda é bem grande. Os números se comparam a países onde é permitido o casamento infantil, tais como Sudão do Sul, Índia e Nigéria.

Segundo estudo divulgado em 2013, foi constatado que, no Brasil, 12% das adolescentes de 15 a 19 anos têm pelo menos um filho. Em 2000, foram 750.537 bebês nascidos por partos de adolescentes de 10 a 19 anos. Nesse mesmo ano, o Brasil estava em 54º lugar no ranking mundial do índice de fecundidade em meninas entre 15 e 19 anos. Outro dado alarmante é que cerca de 30% das meninas que engravidam na adolescência acabam tendo outro filho no primeiro ano pós-parto. Em recente pesquisa no Estado de São Paulo, devido as políticas públicas implementadas, o índice diminuiu em 34%, mas somente para este estado.

Valéria Ribeiro, destaca inúmeras consequências na saúde de uma gravidez na adolescência:

• Anemia;
• Maior índice de aborto natural;
• Pressão alta durante a gravidez;
• Dificuldade durante o parto por imaturidade da pelve;
• Aumento no índice de rejeição ao bebê;
• Aumento da possibilidade de depressão pós-parto;
• Óbito da mãe e/ou do bebê.

Valéria conta que "a gravidez precoce também pode gerar conflito interior, pela insegurança financeira e as dificuldades em educar a criança, por isso, os adolescentes necessitam de cuidado, atenção e apoio dos pais. Entretanto, esse apoio da família nem sempre acontece, pois há pais que acabam, ainda nos dias de hoje, por expulsar suas filhas de casa, fato esse que acontece bem menos com meninos", explica.

A gravidez na adolescência leva vários adolescentes a deixarem de estudar e assumirem um relacionamento sério devido a gestação. Há também os que optam por abortar e, em alguns casos, ocorre o abandono do bebê logo após o nascimento. Na atualidade, 90% dos bebês que nascem de gravidez na adolescência acabam sob o cuidado dos avós, que cuidam e assumem a responsabilidade que não é deles, pois, os pais adolescentes ainda querem curtir a vida e viver como se nada tivesse acontecido. "Nesses casos é preciso encontrar um equilíbrio entre as responsabilidades dos pais e a ajuda dos avós, pois é preciso que esses adolescentes se conscientizem do ato cometido, para que, assim, não voltem a incorrer no mesmo problema", aconselha Valéria.

Muitas adolescentes quando se descobrem grávidas pensam em aborto e, muitas vezes, são incentivadas por seus parceiros que também são adolescentes. O aborto no Brasil é ilegal e põe em risco a vida da menina, pois esses procedimentos acontecem em lugares clandestinos. Nesses casos, é mais aconselhável deixar os bebês para adoção logo após o nascimento, assim poderão ter a oportunidade de terem um lar, bem como uma mãe e pai.

Cabe dizer, que essa não é uma decisão fácil e deve ser discutida entre os pais adolescentes e os avós do bebê que nascerá.

A gravidez na adolescência pode ocorrer por diversos fatores:
• Atividade sexual precoce e inconsequente;
• Violência sexual;
• Dificuldade no diálogo familiar sobre o assunto;
• Desconhecimento dos métodos para evitar a gravidez;
• O apelo midiático quando o assunto é sexo.

"Há diversos métodos contraceptivos, mas é principalmente recomendada a utilização de camisinha em todas as relações sexuais, não somente para evitar a gravidez, mas também para não contrariem doenças venéreas", alerta a especialista.

Porém, a melhor prevenção é que as jovens tenham uma boa educação sexual dentro do seio familiar. "É importante informar sobre os riscos e complicações da gravidez na adolescência e todas as mudanças que acontecem a partir do momento que engravida. O diálogo em família é essencial e deve haver uma conversa aberta e transparente para que as jovens tenham toda a informação ao seu alcance e possam ter atitudes responsáveis e não ter surpresas indesejadas", finaliza Valéria.

Valéria Ribeiro
Coach familiar, especializada desenvolvimento humano.
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