Não só durante o verão, mas o ano todo, vivemos sob a tortura e o medo não apenas das picadas de insetos, em especial o Aedes Aegypti que pode transmitir doenças e que podem até deixar sequelas. No verão a preocupação aumenta sempre por dois motivos: o aumento da chuva e do calor, que facilitam a reprodução dos mosquitos e pernilongos, como maior exposição já que usamos roupas mais leves e curtas. Os mosquitos, além de oferecerem risco de reações alérgicas através de suas picadas, podem transmitir doenças, como os casos de febre amarela e dengue.
E agora, com a confirmação do primeiro caso de febre amarela urbana, ou seja, transmitida pelo Aedes aegypti, estamos retomando o assunto mais uma vez, pois o que precisamos é de prevenção e de alguns cuidados já que a Febre Amarela é transmitida pelo mesmo mosquito que a Dengue. Mais do que nunca, temos que estar preparados. Apenas com conhecimento conseguiremos vencer o mosquito.
Para que você possa entender um pouco mais sobre o assunto, seguem algumas informações fundamentais para a sua segurança e, principalmente, para a segurança da sua criança.
Aqui na minha cidade ainda não tivemos nenhum caso confirmado. Portanto, o pediatra das minhas meninas não autorizou a vacinação. Ele disse que os efeitos colaterais não justificam a vacina para uma área que não é considerada de risco. Portanto, antes de vacinar sua criança - ou mesmo se vacinar - procure sempre ouvir a opinião do seu médico.
Uma das maneiras de se prevenir contra a Febre amarela é o uso de repelentes E sempre fica aquela dúvida: como devo escolher ou mesmo aplicar adequadamente o repelente em meu filho?
A Dra. Samantha Talarico, Dermatologista e membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), separou algumas dicas e recomendações para os papais, que estão certos de se preocuparem, pois existem restrições importantes para a preservação da saúde dos pequenos.
imagem: reprodução
É recomendado que os repelentes sejam utilizados em locais com maior incidência de mosquitos, como: praias, parques e fazendas. No momento da escolha pelo repelente, é fundamental que os pais optem por produtos aprovados pelo Ministério da Saúde ou pela Anvisa, pois assim serão garantidos a segurança e eficácia do produto.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os princípios ativos de repelentes recomendados são:
* Bebês com até 6 meses de idade não devem fazer o uso de repelentes e nem entrarem em contato com ambientes protegidos com repelentes elétricos. Nesse período a proteção contra os mosquitos deve ser realizada somente através de mosquiteiros, telas e roupas.
* Para os bebês de 6 meses a 2 anos, também recomendo que seja evitado o uso destes produtos, devendo ser utilizados somente em situações especiais e sempre sob orientações médicas.
Recomendações importantes:
1) Não permitir que a criança durma ou permaneça com o repelente no corpo por período prolongado, este deve ser retirado com água e sabão;
2) Leia sempre as indicações e contraindicações do produto a fim de evitar complicações;
3) Não permita que a criança auto aplique o produto, evitando assim sua ingestão e sérias complicações, como a intoxicação;
4) Evite aplicar o produto próximo a boca, nariz, olhos ou em feridas;
5) Evite aplicar o produto sob roupas, uma vez que sua ação depende da evaporação, além disso, a oclusão com roupa pode favorecer o desenvolvimento de alergias;
6) Utilize quantidade suficiente do produto (recomendada pelo fabricante) para a proteção de áreas expostas, evite sua aplicação por de baixo das roupas;
7) Sempre aplique o produto em intervalos recomendados pelo fabricante;
8) Tenha preferência por loções cremosas para as crianças, pois são mais seguras;
Lembrando sempre que estes produtos podem causar reações alérgicas, por este motivo devem ser utilizados sempre sob orientações médicas. Os repelentes devem ser sempre os últimos produtos a serem aplicados, depois dos hidratantes ou filtro solares.
"Outras medidas complementares também devem ser adotadas para a proteção das crianças, como a utilização de telas em portas e janelas, a refrigeração do ambiente através de ventiladores e ar condicionado, a utilização de vestimentas claras, de preferência com mangas e calças compridas, a não aplicação de produtos com fragrância, e o cuidado com a limpeza e a dedetização do ambiente" reforça a Dra.