Dica de Filme: Tropa de Elite

Poucos filmes entram no seleto grupo das obras que transcendem o entretenimento e se tornam fenômenos culturais que reverberamna sociedade. Além de criar uma série de expressões que literalmente caíram na boca do povo, os filmes com o "Capitão Nascimento" chamaram a atenção para o que existe por trás do caos da segurança pública no Brasil, questões muito além do confronto entre mocinho e bandido.

Tropa de Elite 2

A maior bilheteria da história do cinema nacional.

Sinopse:

O destino da cidade do Rio de Janeiro e de Nascimento se cruzam em "Tropa de Elite 2", quando suas obrigações de pai chocam com as de policial. Mais maduro, estratégico e solitário, o agora Coronel Nascimento faz o BOPE crescer e coloca o tráfico de drogas de joelho, isto apenas para descobrir que na segurança pública do Rio de Janeiro nada é o que parece.

O sistema se reinventa e descobre como lucrar sem o intermédio do tráfico. Em perseguição ao caminho trilhado pelo sistema, Nascimento vai além dos limites do quartel, revelando as ligações das milícias com o Estado. E o preço por essa descoberta é alto: O inimigo agora é outro.

O que eu achei:

Apesar de não gostar muito de filmes brasileiros, já que a maioria não faz o meu gênero, Tropa de Elite me surpreendeu desde o seu primeiro filme. O segundo filme, embora tenha mudado o foco, aborda muito bem os problemas que o Brasil enfrenta diariamente. O filme não é tão violento quanto o primeiro. No entanto, é tão real quanto e muito melhor.

A primeira cena do filme já demonstra o poder que algumas pessoas possuem, em decidir sobre a vida das outras. Demonstra toda a falta de preparo nas prisões e como funciona a corrupção nesse país. A realidade parece dura mas tem que ser enfrentada.

Não gostei do final, embora tenha me emocionado com o depoimento do coronel Nascimento. Sim, chorei na primeira vez que assisti! Mas, como a maioria das coisas não são como nós gostaríamos que fossem, a gente aceita!

Eu achei que o ator Wagner Moura incorporou mesmo o personagem. Até parecia um coronel. Foi difícil me acostumar a vê-lo de terno e gravata. Confesso que o acho muito mais charmoso - e poderoso - com a farda do BOPE.