TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD)
O TOD, ou Transtorno Opositor Desafiador, é caracterizado principalmente por um comportamento desafiador e desobediente a quaisquer figuras de autoridade. Começa na infância, a partir da idade escolar e é mais comum em meninos.
Como bem explica a Dra. Gesika Amorim, Neuropsiquiatra, pós graduada em Psiquiatria e Neurologia, e referência no tratamento do Autismo: “A criança não cumpre regras, se envolve em confusões constantes e nada lhe faz ter medo. Ela apresenta uma atitude desafiadora e contestadora a autoridade de qualquer adulto o tempo inteiro; se manifesta durante alguns anos ou a vida inteira, e pode ser incurável. Geralmente as causas que vimos são: predisposições neurobiológicas, fatores de risco psicológicos, ambiente social nocivo. Apesar disso, a criança pode se socializar e ter amigos da mesma faixa etária”. O tratamento é feito com sessões de psicoterapia, medicamentos e o acompanhamento de um neuropsiquiatra.
TRANSTORNO DE CONDUTA (TC)
São mais frequentes em meninos e suas principais características são as violações de regras, normas sociais e dos direitos individuais. Há desde questionamentos desafiadores à agressões físicas.
A crueldade é comum, inclusive com animais. Praticam bullying na escola, insubordinação, furtos, pequenos delitos, ações impulsivas, provocações, discussões, entre outros.
O TC vai muito além de uma desobediência infantil. É um comportamento constante que a criança tem e que pode ser progressivo.
Segundo a Neuropsiquiatra, Dra. Gesika Amorim, Eles não demonstram sofrimento ou constrangimento com as suas ações. Não sentem culpa e não se importam em ferir os sentimentos das pessoas ou desrespeitar seus direitos.
O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar para lidar com a criança, mas pode ser imprescindível a administração de medicação por um neuropsiquiatra infantil e terapia, de preferência, estendida à família.
Este transtorno é caracterizado pelo desprezo pelos direitos e pelo descaso das consequências do mal que o indivíduo porventura, causa à outras pessoas. Pode ser notado desde a infância, mas seu diagnóstico vem na fase adulta, a partir dos 18 anos. A Dra. Gesika Amorim explica que o antissocial costuma mentir, manipular, infringir leis, não se importa com sua segurança e nem com a dos demais. Não tem nenhum senso de responsabilidade, não consegue sentir a dor ou emoção do outro e também não aprende com erros do passado. Não sentem culpa ou remorso, agem por impulsividade, não sentem nenhum tipo de temor e não conseguem distinguir certo e errado. Em suma, não tem EMPATIA.
A especialista também afirma que eles podem ser charmosos, sedutores e podem apresentar inteligência acima da média. Aprendem muito rápido a observar tudo e todos a sua volta, sempre pensando de que forma conseguirão extorquir ou ter vantagem ao manipular terceiros.
As causas podem ser genéticas, mas o ambiente nocivo; familiares com dependência química ou abusadores, são fatores relevantes, não só no TPAS, mas em todos eles.
O tratamento é feito com neuropsiquiatra e psicoterapeuta, envolvendo terapia e medicamentos.
A Dra. Gesika nos lembra também que, embora pouco comentado, não podemos deixar de falar de um transtorno que causa muita dor, mas ao contrário dos demais, o paciente se condói no sofrimento que causa, que é o:
Também popularizado como Síndrome do Incrível Hulk, este transtorno é caracterizado por episódios abruptos de perda de controle com impulsos violentos; agressões verbais, discussões ou agressões físicas contra pessoas, animais ou propriedade alheia.
“A agressão no TEI não é premeditada e não tem nenhum objetivo claro. É comum a criança ser dócil e amorosa, mas por qualquer aborrecimento, por menor que seja, tem explosões absurdas. Pode ter sérios desconfortos emocionais seguidos de um grande sentimento de culpa, após seus episódios agressivos. Isto é o que difere este transtorno do TOD do TC e do Transtorno Antissocial. O sentimento de culpa após os eventos.” Diz a Neuropsiquiatra.
O tratamento é medicamentoso, feito com estabilizadores de humor ou neurolépticos, sempre associados à terapia.
Como dito, não há uma só causa que justifique nenhum destes transtornos. Todos podem ter causas genéticas, podem ser consequências do ambiente em que vivem e não há classe social privilegiada. O que se tem a fazer é que todos que cercam esta criança e adolescente, sejam pais, cuidadores e educadores, observem-nos em seu dia a dia e ao notarem algo que sai do comum, busque ajuda. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, mais chances esta criança terá de viver uma vida normal e não desenvolver os demais transtornos, que podem sim, destruir toda uma vida e devastar famílias, complementa a Dra. Gesika Amorim.
CRÉDITOS:
Dra Gesika Amorim é Médica Pediatra e Neuropsiquiatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. É pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica. É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa.
www.dragesikaamorim.com.br
Instagram: @dragesikaautismo