Eu sonhei ...
Que vivia em um mundo onde as pessoas eram felizes, sem distinção de sexo, raça, etnia ou cor.
Eu sonhei...
Que o único idioma falado era na língua do amor, e que todos se entendiam e se ajudavam.
Eu sonhei...
Que o mundo era melhor pois todos se entendiam e juntos construíam um lar digno para criar seus filhos.
Eu sonhei...
Que não haviam drogas, nem crianças nas ruas e que todos tinham as mesmas oportunidades e direitos.
Eu sonhei...
Que a natureza não mais se vingava do homem, que as árvores eram mais verdes e que seus frutos eram mais saborosos.
Eu sonhei...
Que a liberdade de expressão existia, mas que nem era preciso usá-la pois todos se respeitavam como cidadãos de bem.
E depois desse lindo sonho, onde todas as coisas boas aconteciam e eram verdades, eu acordei. E, quando isso aconteceu eu cai em mim e chorei. Chorei pelo pesadelo que vivemos em um mundo repleto de ódio e vingança, onde a maioria quer sempre levar vantagem. Chorei ao ligar a televisão e ver um pai matar o seu próprio filho, o filho matar a sua própria família, os filhos preferirem morar nas ruas, as escolas sem condições de ensinar, as empresas explorando com baixos salários.
O que me conforta nesse pesadelo é saber que ainda há pessoas de bem que vivem e lutam por um mundo melhor. Que ainda há espaço para a gentileza e para um sorriso. E, que mesmo tendo pouco para comer, ainda se pensa no próximo e se divide o almoço, sem pensar na janta. Pessoas que confiam e que, ingênuos ou não, acreditam em seus sonhos e nunca deixam de sonhá-los.
Autoria própria
"Palavras que saem do coração"