Sempre gostei muito de ler e depois que me tornei mãe as minhas biografias mudaram. Hoje, lendo uma matéria da revista Pais & Filhos (todos os pais deveriam assinar) eu achei super importante compartilhar com as mamãe que seguem aqui o blog.
Pesquisadores relacionam timbre do choro a um possível diagnóstico da doença
Após avaliações do movimento dos olhos e análises do cérebro de crianças, em busca de diagnósticos do autismo, pesquisadores passaram a prestar atenção ao choro dos bebês. Bonnie Rochman, especialista em gravidez, fertilidade e paternidade, conta em sua coluna para a revista norte-americana Time, que cientistas da Universidade Brown pensam ser possível avaliar sinais de autismo baseado na avaliação do choro do bebê.
Os pesquisadores compararam o choro de um grupo, com risco de ter
autismo baseado em outros sinais, e um segundo grupo com menores
chances. Os choros foram gravados isoladamente e enviados para uma
análise acústica para diferenciar as diferentes frequências.
Os bebês em situação de risco tiveram choros com uma alta frequência e
com um timbre mais baixo, o que pode ser traduzido em um som grosseiro,
pouco claro, indicando que suas cordas vocais são mais tensas do que das
crianças no grupo de baixo risco. Além disso, os três bebês com gritos
mais agudos receberam o diagnóstico de autismo, de acordo com o estudo
publicado na publicação ‘Autism Research’.
As descobertas, no entanto, não devem fazer com que os pais fiquem
ainda mais ansiosos com o choro de seus bebês, afirma o autor da
pesquisa Stephen Sheinkopf, psicólogo do Centro de Estudos Brown de
Crianças de Risco. Além do mais, ainda não é certo se o ouvido humano é
sensível o bastante para detectar a frequência desse choro.
O que está claro é que os resultados são intrigantes o bastante para
garantir um acompanhamento para essas crianças, já que é difícil
encontrar indicadores de autismo em crianças muito jovens. Na maioria
dos casos, o diagnóstico não é feito antes dos 2 anos de idade ou até
que sintomas clássicos da doença sejam claros o bastante.
A colunista ainda ressalta que crianças que nascem prematuras ou sofrem
algum trauma no nascimento tendem a ter uma frequência de voz mais
alta. Além disso, crianças mais velhas com autismo geralmente fazem um
som atípico.
Para os pesquisadores, o estudo é de extrema importância já que
encontrar dicas ainda no começo da vida da criança pode ter um impacto
significativo. “Autismo parece ser uma desordem que começa de forma
sútil e vai aumentando exponencialmente com a idade”, finaliza
Sheinkopf.