async='async' data-ad-client='ca-pub-1470782825684808' src='https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js'/> Elegância - Ariane Baldassin


Elegância




Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado. 

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. 

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. 

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. 

É possível detectá-la em pessoas pontuais. 

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. 

Oferecer flores é sempre elegante. 

É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso... 

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. 

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. 

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição... 

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. 

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo. 

É elegante a gentileza... 

Atitudes gentis, falam mais que mil imagens... 

Abrir a porta para alguém... É muito elegante. 

Dar o lugar para alguém sentar... É muito elegante. 

Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... 

Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante. 

Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. 

A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras". 

Educação enferruja por falta de uso. 

E, detalhe: não é frescura! 

 "Mary Cincinnati"

Imagem divulgação: Google 


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Um comentário:

  1. Que beleza de textos, ainda mais em épocas onde o "legal é tirar onda dos otários". Bjs, Rose:D

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