async='async' data-ad-client='ca-pub-1470782825684808' src='https://pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js'/> 1º de Maio: Dia do Trabalho. Temos o que Comemorar? - Ariane Baldassin


1º de Maio: Dia do Trabalho. Temos o que Comemorar?


Professora universitária, graduada em administração e especialista em engenharia da Qualidade, não poderia deixar de mencionar hoje que a Teoria de Pareto nunca fez tanto sentido como nos dias atuais. Segundo o pesquisador sua teoria baseou-se no princípio 80 -20. Ele estudou que as pessoas em sua sociedade eram divididas naturalmente entre o "alguns de muito" e "muitos de pouco"; se estabeleceram assim dois grupos de proporções 80-20 de tal modo que o grupo majoritário, que compreende 20% da população, ostentava os 80% de grupo oposto e o grupo minoritário, formado por 80% da população, os 20% deste. Mas o que significa isso se voltarmos os olhos para os dias de hoje?

Que nós, a grande massa, composta por 80% da população, possui apenas 20% da riqueza. O que é, evidente, muito pouco. Desta forma, os muito ricos, que são os outros 20% da população, dividem a grande riqueza, composta por 80%. E é por isso que a crise chega primeiro nos lares dos trabalhadores.

Hoje é 1º de maio, um dia que deveria ser comemorado com orgulho. Aquele orgulho de não apenas ser um número na empresa, mas de se sentir útil e valorizado. De erguer a sua carteira de trabalho e sentir-se satisfeito porque está sendo remunerado de acordo com as funções e atribuições que lhes foram dadas, assim como as responsabilidades. Mas na realidade, é isso que estamos vendo?

Pais e mães de família desempregados, orçamentos reduzidos, terceirização da mão de obra, reforma previdenciária. Ainda bem que nós, povo brasileiro, somos guerreiro e não desistimos da luta. Da luta pela igualdade de direitos, de melhores condições, de justiça.

Como sou mãe e mulher e sei que nós ainda estamos na luta por condições iguais no mercado de trabalho, vou deixar aqui hoje um artigo que fala das Principais dificuldades das mulheres no mundo corporativo, escrito por Marisa Peraro, CEO da Pró- Corpo, que comanda mais de 100 funcionários, que também dá dicas de como superá-las.




Há muitas pesquisas de diversos lugares do mundo sobre a participação feminina no empreendedorismo e no comando das empresas. Independente das instituições de pesquisas que fazem estes estudos, todos comprovaram que qualquer ambiente rico em diversidade, seja de nacionalidade, religião, raça ou, neste caso, gênero, só tem a ganhar. Tanto em qualidade na sociabilidade entre os colaboradores quanto no lucro.

De acordo com a última pesquisa realizada pelo SEBRAE em parceria com o IBQP, os empreendedores iniciais brasileiros (negócios que tem até 42 meses de existência) estão com uma diferença mínima no que tange ao gênero - uma diferença de 1,4 p.p entre homens e mulheres - outro dado interessante nesta pesquisa é que o Brasil está a frente em número de mulheres que resolvem empreender quando comparado com países que pressupomos uma igualdade maior de gênero. Como EUA e Alemanha. Ambos apresentaram respectivamente 9,2% e 3,3% de mulheres com negócio próprio. Já no Brasil a porcentagem é de 20,3%.

Os números são positivos, mas há entraves, nas entrelinhas, que as pesquisas podem não conseguir captar. Pensando nisso, Marisa Peraro, CEO da Rede Pró-Corpo há 11 anos, lista 7 dificuldades que a mulher enfrenta no mercado de trabalho e como superá-las:

Remuneração inferior à dos homens
Executivas, analistas e assistentes: independente do seu cargo, converse sobre a igualdade salarial. Tenha um diálogo justo e transparente com o RH da sua empresa ou com o seu gestor. Se você for líder empresarial, analise a folha de pagamento e perceba se há discrepância entre o que é pago para homens e mulheres que ocupam a mesma posição e fazem as mesmas atividades.

Cultura organizacional de algumas empresas
Há empresas que promovem a diversidade nos cargos e funções, mas não estipulam uma porcentagem de mulheres na liderança. E deveriam fazer, pois, de acordo com a última pesquisa promovida pelo Peterson Institute for International Economics, empresas com pelo menos 30% de executivas têm 15% mais de lucro. Logo, a diversidade de gênero não é apenas positiva para estipular bons valores na cultura empresarial, é bom também para o “bolso” e o futuro da empresa.

Ser a única mulher na liderança da empresa
Já ouviram aquela frase: “Juntas somos mais fortes”? É um fato quando se trata de ir contra a uma cultura organizacional que promova uma liderança predominantemente masculina. Isso porque estamos na era das primeiras executivas brasileiras a ocuparem cargos de liderança em grandes companhias.

Dividir/delegar as atividades de casa
De acordo com a última pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base nos dados da PNDA (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), a jornada de trabalho doméstico das mulheres supera em 7,5 horas o realizado pelos homens. Este quadro pode reduzir se aplicarmos a igualdade de gênero dentro da própria casa. As responsabilidades do lar são da mulher e do homem por igual. Delegue, converse e equalize a quantidade de horas dedicadas à manutenção da sua residência. Isso ajudará a ter energia e dedicação no seu ambiente de trabalho.

Equilibrar a vida pessoal e profissional
Dosar as prioridades corporativas e pessoais é algo importante quando a mulher deseja sucesso profissional. Evidenciar para os parceiros, filhos e amigos a importância do trabalho para a plenitude é uma das lições. Ainda vivemos em uma sociedade em que o trabalho para o homem é algo orgânico. Já para nós, mulheres, temos que lutar por esse espaço. O diálogo e o equilíbrio são vitais nesse processo de nos posicionarmos.

Empresas que têm o discurso da diversidade, mas buscam os “iguais”
Como estamos em uma era que muito se discute sobre minorias, diversidade e igualdade, muitas empresas “adotaram” o discurso, mas não a prática. Por isso, vale a pesquisa da empresa, quem trabalha nela e se os seus valores vão ao encontro dos seus valores.

A cobrança maior
As mulheres tendem a ser mais cobradas na entrega das suas atividades quando estão em cargo de liderança. Logo, não aceitar essa condição é o primeiro passo. Converse com os seus gestores, verifique se os seus pares tem o mesmo “peso” de responsabilidade e faça a divisão das suas tarefas e entrega. Não sofra cobranças que não sejam condizentes. Novamente: dialogue.

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